Alterações Climáticas: Mitigação
Tudo se reduz à natureza
A Câmara Municipal de Braga desenvolveu um conjunto de iniciativas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, comprometendo-se a reduzi-las em 55% até 2030 e a atingir a neutralidade carbónica até 2050. Braga foi pioneira no desenvolvimento de um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (que privilegia o peão, a bicicleta e os transportes públicos), para o qual foram desenvolvidas transformações físicas no espaço público. Promoveu o Pacto de Mobilidade Empresarial de Braga, já substituiu 60% da sua frota de transportes públicos por veículos eléctricos e a gás natural (reduzindo 13% de emissões por distância percorrida - um esforço que se prolongará até 2030), está a substituir toda a iluminação pública por lâmpadas LED e a promover a criação de comunidades de energia renovável.
Boas práticas
Descrição e objectivos
Programa de sensibilização ambiental realizado anualmente, durante uma semana, com várias actividades que envolvem a comunidade escolar, empresas, associações e juntas de freguesia. São realizadas várias iniciativas, tais como:
- Plantação de árvores e arbustos autóctones.
- Distribuição de sementes e fornecimento de árvores e arbustos.
- Palestras e apresentações.
- Exposições.
- Compromisso - em cada edição é fixado um objetivo para o número de plantações a realizar.
Impacto atual e/ou potencial futuro
Ambiental
- Preservação do património natural
- Promoção da biodiversidade
- Redução dos gases com efeito de estufa e contribuição para a atenuação das alterações climáticas
- Educação e sensibilização ambiental das crianças e da população em geral
Social
- Espaço de lazer e recreio
- Inclusão social (acessível a todos)
- Promoção da saúde
Económico
- Desenvolvimento do turismo
- Atratividade do investimento
Contribui para as transições de sustentabilidade
- Transição verde
- Transição climática
- Transição social
Carácter inovador e potencial de reprodução noutras cidades
Abordagem à educação ambiental e ao envolvimento da comunidade - o envolvimento de múltiplas partes interessadas (incluindo comunidades escolares, empresas, associações e autoridades locais) demonstra um esforço de colaboração para um objetivo comum. Este projeto é significativo devido à escalabilidade e adaptabilidade do programa, podendo as actividades principais ser adaptadas às necessidades e características específicas de diferentes cidades.
Envolvimento com as partes interessadas e estratégias de comunicação
É fundamental compreender os interesses, as preocupações e os potenciais contributos de cada grupo de partes interessadas para o êxito do programa. Assim, o estabelecimento de vários canais de comunicação, como reuniões, e-mails e plataformas de redes sociais, para divulgar informações sobre o programa e recolher feedback das partes interessadas é uma mais-valia para fornecer actualizações regulares sobre o seu progresso, actividades futuras e realizações para manter as partes interessadas informadas e envolvidas. Organizar eventos de envolvimento da comunidade, como a plantação de árvores, apresentações, reuniões escolares e até plogging (uma combinação de jogging e recolha de lixo) para incentivar a participação ativa e o diálogo entre as partes interessadas.
Descrição e objectivos
Esta atividade, associada ao Dia Mundial da Floresta (21 de março) e ao Dia Mundial da Água (22 de março), tem como objetivo valorizar a floresta e os recursos hídricos. A comunidade escolar e os cidadãos são incentivados a plantar árvores e arbustos junto às escolas e residências, possibilitando a rega regular das plantas. Além disso, os participantes são desafiados a adotar e a empenhar-se na limpeza de troços de cursos de água (projeto "Rios"). Para além disso, os indivíduos são convidados a fazer caminhadas até às nascentes destes cursos de água para melhor compreenderem a sua envolvência e importância.
Impacto atual e/ou potencial futuro
Ambiental
- Preservação do património natural
- Promoção da biodiversidade
- Melhoria da qualidade da água
- Redução dos gases com efeito de estufa e contribuição para a atenuação das alterações climáticas
- Educação e sensibilização ambiental das crianças e da população em geral
Social
- Espaço de lazer e recreio
- Inclusão social (acessível a todos)
- Promoção da saúde
Económico
- Desenvolvimento do turismo
- Atratividade do investimento
- Melhoria dos serviços ecossistémicos.
Contribui para as transições de sustentabilidade
- Transição verde
- Transição climática
- Transição social
Carácter inovador e potencial de reprodução noutras cidades
Ao tirar partido da importância do Dia Mundial da Floresta e do Dia Mundial da Água, o projeto capitaliza a sensibilização e a dinâmica existentes em torno destes eventos globais. Um aspeto inovador é a ênfase na participação prática, em que tanto a comunidade escolar como os cidadãos estão ativamente envolvidos na plantação de árvores e na adoção de secções de cursos de água. Esta abordagem não só promove a gestão ambiental, como também fomenta um sentido de propriedade e responsabilidade entre os participantes relativamente aos seus ecossistemas locais. Além disso, a integração do projeto "Rios", que envolve a adoção de secções de cursos de água e a limpeza de cursos de água próximos, demonstra um esforço de colaboração para melhorar a qualidade da água e a saúde dos ecossistemas. Esta abordagem de colaboração pode servir de modelo para outras cidades que procuram enfrentar desafios ambientais semelhantes.
Envolvimento com as partes interessadas e estratégias de comunicação
As estratégias de comunicação incluem o aproveitamento dos dias de sensibilização existentes (Dia Mundial da Floresta e Dia Mundial da Água) para gerar interesse e participação, bem como a utilização de vários canais de comunicação, como as redes sociais, reuniões comunitárias e materiais educativos para divulgar informações e envolver as partes interessadas.
Descrição e objectivos
Em 2013, o Município de Braga criou o Departamento de Desenvolvimento Rural, implementando medidas de promoção e valorização das zonas rurais. Uma dessas medidas foi o apoio à criação e expansão de Hortas Urbanas, nomeadamente comunitárias, sociais, inclusivas e educativas. Inicialmente, Braga tinha uma horta comunitária em Parada de Tibães, que ainda hoje existe. Desde então, o Município, em conjunto com as Juntas de Freguesia, facilitou a criação de sete novas hortas em funcionamento. Atualmente existem 10 hortas urbanas (com mais de 30 000 m2 de área cultivada por cerca de 2 mil habitantes), 33 hortas escolares (com 3 136 m2) e 5 hortas sociais (com 462 m2). Estes projectos de hortas urbanas visam recuperar a biodiversidade, promover a circularidade da matéria orgânica, promover a mitigação e adaptação às alterações climáticas, criar hábitos de consumo saudáveis e proporcionar momentos de partilha, aprendizagem e convívio entre os seus utilizadores.
Impacto atual e/ou potencial futuro
Ambiental
- Promoção de práticas sustentáveis
- Promoção de métodos de agricultura biológica
- Contribuição para a saúde e a resiliência do ecossistema local
- Redução dos gases com efeito de estufa e contribuição para a atenuação das alterações climáticas
Social
- Contribuição para uma compreensão mais profunda da vida e das tradições rurais.
- Inclusão social (acessível a todos)
Económico
- Desenvolvimento do turismo
- Apoiar a agricultura local
- Promoção da agricultura de auto-consumo
- Apoio económico aos beneficiários
Contribui para as transições de sustentabilidade
- Transição verde
- Transição climática
- Transição social
Carácter inovador e potencial de reprodução noutras cidades
A criação e expansão de hortas urbanas demonstra uma abordagem inovadora ao planeamento urbano e ao desenvolvimento comunitário. Ao integrar as iniciativas de hortas urbanas na sua estratégia de desenvolvimento rural, Braga demonstrou um empenhamento na promoção de práticas de vida sustentáveis, no reforço da segurança alimentar e na promoção do envolvimento da comunidade. Este modelo tem potencial para ser replicado noutras cidades que procurem enfrentar desafios semelhantes, como a promoção de espaços verdes, a melhoria do acesso a produtos frescos e o reforço dos laços comunitários.
Envolvimento com as partes interessadas e estratégias de comunicação
A Quinta Pedagógica publicou a brochura técnica "Rede de Hortas Urbanas de Braga", que promove o conhecimento sobre a agricultura urbana. Ao envolver as Juntas de Freguesia e colaborar com as comunidades locais, o Município garante que o desenvolvimento das hortas urbanas é inclusivo e responde às necessidades dos cidadãos. Além disso, canais de comunicação eficazes, como apresentações e plataformas de redes sociais, facilitam o diálogo contínuo e a partilha de informações.